segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Educação na Era Digital


Educação e Internet – Uma evolução no aprendizado

A Educação é uma das áreas mais motivantes para a implementação de novas práticas através do uso das novas tecnologias, em especial as da chamada web 2.0.
Educação e Internet, uma ótima idéia
Um dos principais objetivos a serem alcançados é permitir que especialmente os professores possam ter contato com novas tecnologias e usufruam dos seus benefícios. A tecnologia abandona seu papel de mundo novo, distante e secreto para muitos e passar a ser companheira do professor, que passará a usá-la em seu dia-a-dia, dando asas a sua imaginação, utilizando a criatividade a seu favor, fortalecendo o processo pedagógico envolvido no aprendizado.
Um dos inúmeros benefícios constatados é que ao utilizar essas ferramentas disponíveis na chamada web 2.0, tanto o professor quanto os alunos envolvidos participam de uma interação, gerando conhecimento, e que essa experiência pode ser enriquecida com a participação de outros, como por exemplo alunos e professores de outras turmas.
Também podemos pensar que o conhecimento gerado pode ser utilizado por outros, como alunos e professores até de outras escolas, criando, assim, nos demais envolvidos, uma fonte de inspiração para melhores trabalhos, fazendo com que todos possam aproveitar o conhecimento gerado e, através desse conhecimento, gerar novos conhecimentos.
Vamos a exemplos práticos?
Andei pesquisando na Internet e achei vários casos práticos e interessantes de uso da web 2.0 na educação, que cito abaixo com pequenas adaptações:
·    Twitter: Um professor que envia informações curiosas de grandes nomes da matemática, estimulando os seus alunos à pesquisa, a troca de ideias, gerando conhecimento. Em outro caso, um professor promove um concurso entre seus alunos de forma que eles mandem uma frase sobre um determinado assunto, que pode ser uma matéria ou um gênio da Humanidade, por exemplo. Escolhida a frase, ela servirá para um debate, deixando os alunos se aprofundarem no assunto, fazerem colocações e escolher a melhor participação. O prêmio? Que tal um livro?
·    SMS: Um professor envia torpedos para um grupo de alunos com pequenos exercícios, incentivando a pesquisa sobre a sua matéria, ou manda resumos do conteúdo dado na sala de aula. Quem é jovem e não gosta de se envolver com essa tecnologia? Será que isso aproxima o professor dos seus alunos?
·    Blog: Um professor cria um blog e disponibiliza diversas informações sobre as matérias que leciona na forma de textos livres, fotos, áudio e vídeos. Permite que os seus alunos participem criticando e sugerindo temas, publicando textos também e participem de discussão, além de disponibilizar o download de livros, textos, dentre outros.
·    Fórum: Um grupo de professores cria um fórum para estimular a discussão de vários tópicos ligados às matérias dadas em sala de aula, incentivando a discussão e a participação em grupo.
·    Laptops: Um professor leva um laptop para sala de aula e passa vídeos próprios ou até tenta visualizá-los em sites do tipo YouTube, todos ligados a uma determinada matéria dada em aula, por exemplo. Mostra aos alunos uma aula dinâmica através de uma nova forma de aprendizado.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Twitter: uma ferramenta para ensinar síntese e coesão textual - por Camila Monroe (camila.monroe@abril.com.br)

CAPACIDADE DE SÍNTESE No Colégio Hugo Sarmento, alunos do 7º ano exercitam a coesão textual contandohistórias com começo, meio e fim noTwitter. Após lerem muitos microcontos,reescreveram textos autorais longos até chegarem a 140 caracteres - ou menos.
Misto de blog e rede social, o Twitter virou febre na internet e agora ganha status de ferramenta pedagógica nas aulas de Língua Portuguesa. Usado como meio de comunicação e informação, o site só permite textos de, no máximo, 140 caracteres. O que é bem pouco (para efeito comparativo, a primeira frase desta reportagem tem exatamente o tamanho permitido). As postagens precisam ser sintéticas para caber nesse espaço reduzido e elas têm uma função comunicativa real (o que é fundamental ao trabalhar com produção de textos na escola). Não é exagero nenhum chamar os tuítes (como as postagens são conhecidas) de um novo gênero textual.

Um dos primeiros artigos científicos a investigar as possibilidades didáticas dessas publicações foi escrito pelas professoras Mirta Castedo e Natalia Zuazo, da Universidade Nacional de La Plata, na Argentina. Em Culturas Escritas y Escuela: Viejas e Nuevas Diversidades, elas mostram como o Twitter permite trabalhar com versões reduzidas de notícias e de contos. "O professor pode usá-lo para gerar interesse na construção de composições curtas e explorar diferentes funções nos textos, como informar, gerar reflexão e criar situações de humor", explica Natalia. As reflexões das professoras argentinas deram origem a esta reportagem.
O que a turma pergunta
Posso abreviar para caber mais palavras?
Não. O intuito é usar a ferramenta com fins didáticos. O trabalho deve ter algumas exigências iniciais e a escrita formal é uma delas. Isso deve ser bem combinado com os jovens na apresentação dos objetivos. Diga a eles que, assim como na produção inicial, no papel, e nas demais atividades de escrita, é trabalhada a forma correta das palavras. Mesmo sendo na internet, a intenção no novo trabalho é a mesma. Explique que o conto tem um leitor como destinatário, e o texto precisa ser inteligível - as abreviações usadas na internet muitas vezes confundem.
Qualquer assunto pode se transformar em um tuíte

Para começar o trabalho, apresente aos estudantes diferentes modelos de contos curtos, que podem vir dos vários livros escritos e, claro, de uma boa pesquisa no Twitter . Há uma série de perfis dedicados exclusivamente aos microcontos, como @marcelinofreire e@microcontos. "É importante diversificar os autores e enredos. Conhecer todo esse universo mostrará aos alunos as diversas possibilidades. Eles podem escrever sobre qualquer coisa de que gostam", diz Samir Mesquita, escritor paranaense que já publicou dois livros de microcontos.

No artigo sobre o tema, Mirta ressalta a necessidade de trabalhar a função do Twitter e o que muda quando a rede é utilizada. Segundo ela, além das perguntas fundamentais para atividades com qualquer gênero (para quem estou escrevendo? Qual o contexto da escrita?), é preciso considerar o processo de produção e as características da internet, como a interatividade e os comentários. Isso pode enriquecer muito as discussões.

A publicação dos textos na rede permite múltiplas leituras. Quanto mais pessoas lendo, maiores são as possibilidades de interpretação. Isso dá mais riqueza ao texto. "O que escrevemos em um microconto é apenas 10% da história. O resto se constrói na cabeça de quem lê", explica Mesquita. "A palavra implícita e a pausa de uma vírgula ou de um ponto, por exemplo, proporcionam diferentes impactos sobre os leitores, como qualquer grande obra tradicional", conta ele. Mais do que contar uma história, contos curtos têm o poder de sugeri-la.

No Colégio Hugo Sarmento, em São Paulo, o professor Tiago Calles percebeu a utilidade que o Twitter poderia ter em suas aulas de Língua Portuguesa. Ele escolheu trabalhar a escrita autoral de microcontos - que em uma definição possível são histórias curtas e objetivas, sem muitos elementos narrativos. "Os estudantes sabiam que o texto que escreveriam estaria publicado na internet e seria lido por muitas pessoas. A partir daí, a dedicação foi tanta que começaram não só a policiar os errinhos mas também discutir com os colegas formas de melhorar o conto", explica.

Discussões como essas devem ocorrer desde o início da produção, mas até elas começarem cabe ao professor apontar maneiras de melhorar e diminuir o texto. "É importante que, no começo, os alunos não fiquem restritos aos 140 caracteres, mas que escrevam um conto comum, pensando que ele precisará ser sintetizado", explica Jorge Luiz Marques, professor do Colegio Pedro II, no Rio de Janeiro. Os alunos precisam de tempo para praticar. Começar limitando a escrita reduzirá a capacidade criativa e não oferecerá um exercício tão efetivo de síntese do que foi redigido.

Outro bom uso do Twitter é a reescrita de notícias com o mesmo objetivo: refletir sobre a síntese. Os alunos podem ouvir ou ler algumas delas e replicá-las em 140 caracteres. "É um bom trabalho para as séries finais, já que também inteira o jovem sobre o que está se passando no mundo", diz Marques.

sábado, 6 de agosto de 2011

Dia a dia – como se escreve

A expressão “dia a dia”, oportuniza-nos relembrar um pouco mais acerca das particularidades inerentes ao Novo Acordo Ortográfico. Partindo dessa premissa, analisemos alguns detalhes relevantes: 
Antes do referido advento, “dia-a-dia”, como podemos perceber, era grafado com hífen, ora representando um substantivo composto cujo sentido semântico se atém a “cotidiano”. Tal fato ocorria justamente para se diferenciar da locução adverbial, cuja acepção semântica se refere a “todos os dias”.
Contudo, cumpre dizer que, no que tange à ortografia, hoje ambos os vocábulos são grafados de forma idêntica, independentemente do sentido. Dessa forma, torna-se imprescindível nos atermos à regra que bem exemplifica a mudança em questão: as palavras compostas que possuem entre seus termos um elemento de ligação (representado por uma preposição, artigo ou pronome) já não mais requerem o emprego do hífen. Além da expressão dia a dia, outras também integram o mesmo pressuposto, como, por exemplo, carne de sol, fim de semana, pé de moleque, lua de mel, entre outras.

Como quase toda regra tem lá suas exceções, há que se ressaltar algumas delas, tais como: água-de-colônia, mais-que-perfeito, pé-de-meia; alguns nomes de espécies botânicas e zoológicas, tais como bem-te-vi, cana-de-açúcar, joão-de-barro; e alguns adjetivos pátrios derivados de topônimos compostos, como, por exemplo, mato-grossense-do-sul, entre outros.
Quando falamos acerca das novas mudanças é sempre louvável compreendermos que temos até o ano de 2012 para nos adequarmos a elas. Entretanto, quanto mais cedo o fizermos, mais nossa performance linguística se evidenciará de forma plausível.
Voltando ao caso em que “dia a dia” se refere a um substantivo, obviamente que se trata diretamente da morfologia. Quanto à sintaxe, tal expressão pode assumir outros posicionamentos, tais como:

Sujeito:

dia a dia daqueles peregrinos é árduo.
Objeto direto:

Consideramos seu dia a dia muito atordoado.
Adjunto adnominal:

Esses são trajes específicos, destinados ao uso no dia a dia.
A outra expressão que, independentemente de quaisquer mudanças, sempre foi grafada sem o uso do hífen, diz respeito à locução adverbial, fazendo referência a todos os dias, diariamente. Em se tratando de aspectos sintáticos, dizemos que ela ocupa a função de um adjunto adverbial de tempo. Vejamos, pois, um exemplo que bem representa tal ocorrência linguística:

Casos de corrupção, em todas as esferas sociais, aumentam dia a dia. (diariamente) Inferimos que o adjunto adverbial indica a circunstância expressa pelo verbo aumentar (aumentam).

terça-feira, 26 de julho de 2011

Tire suas dúvidas sobre o Enem 2011

 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) abriu as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 às 10h do dia 23 de maio. Os estudantes interessados em participar do processo podem se inscrever até as 23h59 do dia 10 de junho, exclusivamente pela internet. A previsão é que o número de inscritos nesta edição chegue a 6 milhões.
Em seu site, o Inep publicou um guia com perguntas e respostas sobre o Enem 2011. O material traz as dúvidas mais frequentes dos estudantes relacionadas à preparação para a prova, aplicação e correção dos exames e divulgação dos resultados. Veja a seguir algumas perguntas e respostas disponibilizadas pelo Inep.

http://www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/enem_2011/

fonte:Terra

quarta-feira, 20 de julho de 2011

CLASSES GRAMATICAIS II

ADJETIVOS
Palavra variável em gênero, número e grau que caracteriza o substantivo ou qualquer palavra com valor de substantivo, indicando-lhe atributo, estado, modo de ser ou aspecto:

Ex: Tratava-se de um homem incompetente.
       Saíram num dia quente.

Classificação dos adjetivos:

  1. Simples: apresentam um único radical: momento inesquecível
  2. Compostos: apresentam mais de um radical: acordo luso-brasileiro
  3. Primitivos: não provêm de outra palavra da língua portuguesa: homem leal
  4. Derivados: provêm de outra palavra da língua portuguesa: homem desleal
  Os adjetivos não são empregados exclusivamente para atribuir qualidades aos substantivos – bom homem, funcionário incompetente -, mas também para atribuir características – livro verde, quadro da esquerda, para dar informações – livro que comprei na cidade – ou para restringir o alcance do significado dos substantivos – suco de laranja. Além do seu aspecto semântico, os adjetivos têm grande importância no desenvolvimento textual e é para esse aspecto que vamos dirigir nossa atenção neste capítulo.

AS FORMAS DOS ADJETIVOS
A  adjetivação pode assumir várias formas:
Ex:   livro verde (adjetivo) /  livro de política (locução adjetiva) /  livro que trata de teatro (oração adjetiva)
livrão (sufixação) /  livro agenda (substantivo)

A POSIÇÃO DOS ADJETIVOS
Os adjetivos podem aparecer antepostos ou pospostos:
Livro verde 
Bom livro  -  Em geral, os adjetivos antepostos apresentam maior carga subjetiva, são qualificações dos substantivos que acompanham,  dependentes das opiniões dos falantes:

Pobre homem
Grande sujeito -  Diferentemente, os adjetivos pospostos trazem carga objetiva, representando mais características dos substantivos , mas também podem representar qualificações, possivelmente de natureza mais universal:

v  homem pobre (homem que todos conhecem que é pobre)
v  homem grande (deixa de ser uma qualificação para ser uma característica)

OS TIPOS DE ADJETIVO
I.            As qualificações
O falante pode atribuir aos substantivos qualidades, que são traços dependentes de suas opiniões sobre o objeto adjetivado: livro interessante, bom livro, peça fantástica etc. Na dependência do tipo de texto em que estão inseridos, os adjetivos qualificativos podem vir explicitados ou não:

O restaurante era modesto e pouco freqüentado, com mesinhas ao ar livre espalhadas debaixo das árvores. Sobre as mesinhas um abajur de garrafa projetava sobre a toalha de xadrez vermelho e branco um pálido círculo de luz.”(Lygia Fagundes Telles)

O adjetivo modesto é uma qualificação do restaurante, que aparece explicada no restante do parágrafo; já o adjetivo pouco freqüentado, por não ser uma qualificação, mas uma informação sobre o restaurante, de caráter objetivo, não necessita de qualquer explicitação.
Nos textos publicitários, de claro caráter manipulador, geralmente os adjetivos qualificativos não aparecem explicitados, como se as qualidades atribuídas aos produtos anunciados tivessem caráter universal, ou seja, fossem evidentes para todos: Camisas Fernandinho, as mais elegantes do planeta!
Em alguns casos, a qualificação decorre da posição do adjetivo: pobre homem, grande livro, rico manancial etc.

II.            As características
O falante pode atribuir aos substantivos traços inerentes a essas realidades representadas pelos substantivos, como sua cor, sua forma, sua dimensão, sua posição, seu material etc: livro verde, livro quadrado, livro grosso, livro de cima, pasta de couro. Ao contrário das qualificações, presas à opinião do  falante, as características são dependentes da observação e, por isso mesmo, não vêm, geralmente, acompanhadas de explicitações. Nos casos em que as características atribuídas aos seres são vistas como estranhas, podem aparecer explicitações – as pedras escuras e brancas, pelo acúmulo de espuma da lavagem de roupa.
Para que fornecer características aos seres? As respostas podem variar, mas a mais evidente é a necessidade que temos de estabelecer diferenças entre seres idênticos: - Traga a pasta de couro - , quando dita a alguém pode levar a supor que há uma outra pasta que não é de couro. Às vezes, porém, uma característica pode ter valor de qualidade. Se digo, por exemplo, Traga a minha pasta de couro que está sobre a mesa, não havendo outra pasta no mesmo local, faz com que vejamos de couro não mais como característica, mas como qualificação da pasta. Por outro lado, as caracterizações dos seres podem estar ligadas a interesses lógicos do texto, como dar uma série de características representativas de luxo e riqueza para caracterizar não os objetos, mas indiretamente os seus donos.

III.            As informações
Algumas vezes damos aos substantivos de um texto dados que sabemos sobre eles, que não dependem nem de nossas opiniões, nem de nossa observação – livro de meu pai, roupa importada da Alemanha etc. As informações podem estar ligadas à intenção de qualificação do objeto – Ele estudou numa universidade francesa / Ele estudou numa universidade boliviana -; ou a necessidades do texto, como dar uma informação sobre um objeto que vai mais tarde incriminar alguém dentro de um romance policial.

IV.            As restrições
Esses adjetivos dão o tipo do substantivo a que se referem, restringindo o seu alcance significativo: Secretaria de Educação, funcionário do segundo andar, porta da sala etc.

CLASSES GRAMATICAIS

SOBRE A UNIDADE
Nesta unidade vamos cuidar das classes de palavras: critérios de classificação e as classes tradicionais (artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, conjunção, preposição e interjeição). Identificação das classes e  seus em empregos particulares. Variações morfológicas: gênero e número.

SUBSTANTIVOS
Palavra variável em gênero, número e grau que dá nome aos seres.
O substantivo, classifica-se em:
Comum- quando designa genericamente qualquer elemento da espécie: rio, cidade, menino
Próprio-quando designa especificamente um determinado elemento: Florianópolis, Brasil, Camila
Concreto- é o que designa ser de existência independente: casa, mar, sol
Abstrato- é o que designa ser de existência dependente(ações, estados e qualidades): amor, ciúme, fuga

Substantivos coletivos: Entre os substantivos comuns merecem destaque os coletivos: aqueles que mesmo no singular designam um conjunto de seres ou coisas da mesma espécie.
Atilho: de espigas de milho
Cáfila: de camelos

Flexão de gênero:
Masculinos: o livro, o mapa...
Femininos: a borracha, a caneta...

Substantivos Biformes:
São substantivos que designam pessoas ou animais e que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino:
     homem/mulher, aluno/aluna

Substantivos Uniformes:
Apresentam uma única forma, tanto para o masculino quanto para o feminino.

Epicenos:
Substantivos uniformes que designam animais: a onça, a foca, o jacaré. Caso se queira especificar o sexo do animal, devem-se acrescentar as palavras macho ou fêmea: a onça macho, o jacaré fêmea.

Comuns de dois gêneros:
Substantivos uniformes que designam pessoas. Nesse caso, o gênero é indicado pelo artigo ou outro determinante.
Ex: O colega, a colega; estudante esforçado, estudante esforçada; este cliente, aquela cliente; o artista, a artista.

Sobrecomuns:
São substantivos uniformes que designam pessoas. Nesse caso, o gênero é fixo (sempre masculino ou sempre feminino).
Ex: a criança, o cônjuge, a pessoa, a criatura
Obs.: Caso se queira especificar o sexo do ser representado pelo substantivo, procede-se assim: uma criança do sexo masculino, o cônjuge do sexo feminino.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

CRASE

Fusão do “a”  (preposição)...
a)      + “a” (artigo)

b)     +  “a” (s),aquele(s),aquela(s),aquilo (pron.demonstrativo)

c)      +  “a” qual, as quais (pron.relativo)



·         Entreguei a bolsa à aluna. (o cinto ao aluno)

·         Saiu com uma velocidade superior à do som. (limite...ao)

·         Entreguei o livro a quem chegou agora. (diante de quem e cuja não há crase)

·         Refiro-me  àquela aluna.

·         Refiro-me àquele aluno.



Eu me refiro

·         à senhora

·         a  uma senhora

·         a  esta senhora

·         a  Vossa Senhoria

·         a   você

·         Vou a Salvador

·         Vou à Bahia.

·         Retornarei à Florianópolis dos meus sonhos.

·         Vou à festa.

·         Não vou a festa nenhuma.

·         Vou a festas

·         Vou às festas.

·         Ele saiu às duas horas. (ao meio-dia)

·         Estou aqui desde as duas horas. (o meio-dia)

·         Ela começou a chorar

·         Ficaram cara a cara.

·         Ele anda a pé.

·         Ele escreve à José de Alencar. (à moda de, ao estilo de)

·         Ele escreve a José de Alencar. (para Alencar)



Locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas:



Saiu à francesa. (= modo)

Ele saiu à noite. (=tempo)



Casos facultativos:

1.Antes de  nome próprio feminino:

Entreguei o livro à/a Maria



2. Depois da preposição até:

Fui até à/a praça.



Diante de pronomes possessivos:

Avise a/à sua irmã.



Terra= chão firme e casa= lar (sem crase)

·         Os marinheiros voltaram a terra.

·         Voltamos a casa.



Os astronautas retornaram à Terra. (ao planeta)

·         Voltei à terra natal.

Exercícios:

VOZES VERBAIS

          Voz é a forma que toma o verbo para exprimir as relações de atividade e passividade entre o sujeito e o verbo:

Voz ativa:

Ocorre quando a ação expressa pelo verbo é praticada pelo sujeito, ou seja, o sujeito é o agente da ação verbal.

Ex: Aquele jovem optou por Medicina.



Voz passiva:

Ocorre quando a ação expressa por verbo transitivo direto é recebida pelo sujeito, ou seja, o sujeito é paciente da ação verbal:

Ex:  A carta foi escrita à máquina pela secretária.



Há, na língua portuguesa, dois tipos de voz passiva:

Voz passiva analítica: formada por uma locução verbal (verbo auxiliar ser + particípio do verbo principal)+ agente da passiva:

Os edifícios arrojados foram construídos pelo governo federal.

Voz passiva sintética: formada por verbo na 3ª pessoa + se (pronome apassivador , ou partícula apassivadora) + sujeito paciente. Observe que nesse caso não existe agente da passiva e verbo auxiliar:

Construíram-se edifícios arrojados.



Transformações ocorridas na mudança de voz:

Rigorosamente só admitem voz passiva os verbos transitivos diretos  e os transitivos diretos e indiretos. Observe as transformações ocorridas nas mudanças das vozes:

Voz Ativa: O sapateiro conserta sapatos femininos

Voz passiva analítica: Sapatos femininos são consertados pelo sapateiro.

Voz passiva sintética: sapatos femininos se consertam ou Consertam-se sapatos femininos.

Voz ativa: Consertam sapatos femininos.



                Na passagem da voz passiva analítica para a voz passiva sintética não há alterações sintáticas. Portanto, sapatos femininos é também sujeito paciente na voz passiva sintética, a qual dispensa obrigatoriamente o agente da passiva.

                Para transformar a voz passiva sintética em voz ativa, é preciso, em razão da ausência do agente da passiva, indeterminar o sujeito, colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural, e eliminar o pronome apassivador se:

Voz passiva sintética: Consertam-se sapatos femininos

Voz ativa: Consertam sapatos femininos.

Agente da passiva: é o termo da oração que, na voz passiva, designa o se que pratica a ação sofrida ou recebida pelo sujeito. É normalmente introduzido pela preposição por ( ou per) e, algumas vezes, por a e de:

Aquela imensa faixa de terra foi desapropriada pelo governo.

Voz reflexiva: Ocorre quando a ação expressa pelo verbo é, ao mesmo tempo, praticada e recebida pelo sujeito, ou seja, o sujeito é agente e paciente da ação verbal:

Paulo feriu-se

Pai e filha abraçaram-se.